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ANSIEDADE

Atualizado: 29 de mai.

Com a ansiedade, tudo é diferente.

Ela não possui objetivo.

Paradoxalmente, seu objeto

é a negação de todo objeto.

 

No medo, o objeto é claro:

pode ser nomeado, enfrentado,

analisado sob a luz da coragem.

A coragem é o antídoto do medo.

 

Mas na ansiedade —

não há objeto.

 

A ameaça é vaga,

vaga como o vácuo,

sem forma, sem origem.

A própria ameaça se torna o objeto,

mas sua fonte

é o nada.

 

A ansiedade é o nada

amplificado ao extremo.

E o nada, levado ao extremo,

é a morte.

 

No fundo,

o verdadeiro objeto da ansiedade

é a morte.

 

O não ser.

A dissolução.

A vertigem de desaparecer.

 

Nossos antepassados também foram ansiosos.

Temiam a morte,

temiam o fim,

temiam não deixar marcas —

como nós,

como todos os que olham o vazio

e não encontram espelho.


Silhueta borrada de uma pessoa com as mãos espalmadas contra uma superfície translúcida branca, transmitindo sensação de angústia, aprisionamento ou desespero.

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Se você chegou até aqui, muito obrigado pela companhia. Meu nome é Pedro Sucupira, sou professor, pesquisador em formação e um curioso incansável. Amo estudar, ler e, recentemente, descobri o prazer inescapável da escrita. Sou um explorador apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e por tudo que toca os campos da ciência e da saúde.

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No Skoob, como Pedro Sucupira, onde compartilho os livros que li, estou lendo e pretendo ler.

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Se quiser conversar, trocar ideias, críticas, sugestões ou experiências, sinta-se à vontade para me escrever: pdrohfs@gmail.com.


Fonte foto de capa unsplash.com

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