ANSIEDADE
- Pedro Sucupira
- 16 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de mai.
Com a ansiedade, tudo é diferente.
Ela não possui objetivo.
Paradoxalmente, seu objeto
é a negação de todo objeto.
No medo, o objeto é claro:
pode ser nomeado, enfrentado,
analisado sob a luz da coragem.
A coragem é o antídoto do medo.
Mas na ansiedade —
não há objeto.
A ameaça é vaga,
vaga como o vácuo,
sem forma, sem origem.
A própria ameaça se torna o objeto,
mas sua fonte
é o nada.
A ansiedade é o nada
amplificado ao extremo.
E o nada, levado ao extremo,
é a morte.
No fundo,
o verdadeiro objeto da ansiedade
é a morte.
O não ser.
A dissolução.
A vertigem de desaparecer.
Nossos antepassados também foram ansiosos.
Temiam a morte,
temiam o fim,
temiam não deixar marcas —
como nós,
como todos os que olham o vazio
e não encontram espelho.

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Se você chegou até aqui, muito obrigado pela companhia. Meu nome é Pedro Sucupira, sou professor, pesquisador em formação e um curioso incansável. Amo estudar, ler e, recentemente, descobri o prazer inescapável da escrita. Sou um explorador apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e por tudo que toca os campos da ciência e da saúde.
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Fonte foto de capa unsplash.com
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