top of page

O Cemitério, de Stephen King – Resenha crítica sobre luto, medo e horror existencial

Atualizado: há 2 dias


Capa do livro O Cemitério de Stephen King. A imagem apresenta olhos felinos penetrantes na parte inferior e, ao fundo, um cemitério sombrio com cruzes em silhueta. O título em vermelho se destaca sobre a pelagem escura do animal, com o nome do autor em letras grandes e brancas no topo. A atmosfera é densa e misteriosa, evocando o clima de horror da obra.

O Cemitério, escrito por Stephen King e publicado originalmente em 1983, é uma obra sombria, melancólica e profundamente mórbida. A escrita é simples e fluida, como costuma ser nas obras do autor, mas o desenvolvimento da trama é um tanto lento. Em diversos momentos, King se detém em explicações excessivamente detalhadas, o que, a meu ver, poderia ter sido evitado. Não chega a comprometer a leitura, mas torna alguns trechos arrastados e, por vezes, pouco interessantes.

Apesar dessa lentidão pontual, os momentos de clímax, os mistérios e os dramas familiares compensam. A atmosfera é pesada e King tem uma habilidade impressionante de construir tensão emocional e psicológica a partir de situações cotidianas que se desdobram em horrores existenciais.

Tendo assistido ao filme lançado em 1989 antes da leitura, senti que boa parte da surpresa se perdeu. O enredo do longa é bastante fiel ao livro, o que reduziu o impacto de certos acontecimentos. A antecipação do que viria me afastou um pouco da magia do mistério. Ainda assim, o livro oferece algo que o filme não alcança: a profundidade dramática das personagens e uma descrição mais crua e sensível do sofrimento que elas enfrentam. A dor, a perda, o luto, tudo é explorado de maneira densa, quase didática, e isso intensifica o peso emocional da história.

Por isso, recomendo fortemente que se leia o livro antes de ver qualquer adaptação. É uma experiência mais completa, mais visceral. Apesar de suas imperfeições, O Cemitério é uma leitura impactante, que nos confronta com a fragilidade da vida e a recusa da morte, e que, como toda boa obra de horror, nos assombra muito além da última página.

Cemitério ao entardecer com céu nublado e tons alaranjados no horizonte; lápides e grandes cruzes de pedra alinham-se ao longo de um caminho de terra, enquanto um gato escuro observa silenciosamente a paisagem, adicionando um clima melancólico e misterioso à cena.

************************************************************************************

Se você chegou até aqui, muito obrigado pela companhia. Meu nome é Pedro Sucupira, sou professor, pesquisador em formação e um curioso incansável. Amo estudar, ler e, recentemente, descobri o prazer inescapável da escrita. Sou um explorador apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e por tudo que toca os campos da ciência e da saúde.

Se este texto te interessou, aqui no blog você encontra outros escritos meus, entre resenhas, contos e reflexões.

No Instagram, você me encontra como @pedrosucupiraa.

No Skoob, como Pedro Sucupira, onde compartilho os livros que li, estou lendo e pretendo ler.

E no Lattes, é possível acessar minha produção acadêmica, incluindo artigos científicos, capítulos e livros publicados.

Se quiser conversar, trocar ideias, críticas, sugestões ou experiências, sinta-se à vontade para me escrever: pdrohfs@gmail.com.

コメント


Doação

Se você aprecia os textos, reflexões e histórias que compartilho aqui, considere fazer uma doação. Seu apoio ajuda a manter este espaço vivo, independente e pulsando criatividade. Obrigado por caminhar comigo.

R$

Obrigado(a) pela sua doação!

Acompanhe nosso Blog

Obrigado!

©2021 Pedro Sucupira.

bottom of page