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Casas Estranhas, de Uketsu – Terror japonês original e perturbador


Capa do livro Casas Estranhas, de Uketsu, com fundo claro e destaque para uma planta arquitetônica em traços rosa, com títulos em português e caracteres japoneses em preto, evocando mistério e simetria claustrofóbica.

Casas Estranhas, escrito por Uketsu, é, sem dúvida, um dos romances de terror mais instigantes e originais que já li. A originalidade, aliás, é uma qualidade que merece ser sempre celebrada, e Uketsu nos brinda com um verdadeiro banquete nesse quesito. Com uma linguagem simples e acessível, o autor constrói um universo de mistério e ocultismo com precisão, conduzindo o leitor por caminhos inesperados.

Devorei o livro em menos de três dias. Comecei a ler o livro já era fim de tarde e varei noite adentro. Determinado momento, precisei interromper a leitura por puro medo, a atmosfera era tão densa, tão inquietante, que tive a sensação de estar sendo observado. Em certos momentos, era como se a figura de Uketsu, com sua icônica máscara branca, estivesse à espreita me observando.

Há tempos um livro não me provocava esse tipo de medo visceral, que se manifesta mais no silêncio e no pressentimento do que em cenas explícitas. O mistério das casas e a sensação de invasão constante criam uma tensão crescente, que nos prende com facilidade.

No entanto, embora a primeira metade do livro seja brilhante na sua construção do suspense, o ritmo acelera demais na parte final. A revelação do mistério por trás das plantas das casas acontece de forma abrupta, quase apressada, e deixa um leve gosto de frustração. Faltou tempo, talvez, para amadurecer o desfecho com a mesma elegância com que se construiu a tensão inicial.

Apesar disso, Casas Estranhas me cativou como há muito uma obra de terror não fazia.

Para quem ainda não conhece, Uketsu é um autor e youtuber japonês conhecido por suas histórias de mistério e terror e por seus vídeos enigmáticos, em que aparece sempre de máscara branca e roupas pretas e usa um feito para distorcer a voz.

Autor Uketsu vestido com roupa preta justa e usando uma máscara branca rudimentar, de expressão neutra e olhos vazados, sugerindo anonimato, inquietação e atmosfera perturbadora.
Uketsu

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Se você chegou até aqui, muito obrigado pela companhia. Meu nome é Pedro Sucupira, sou professor, pesquisador em formação e um curioso incansável. Amo estudar, ler e, recentemente, descobri o prazer inescapável da escrita. Sou um explorador apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e por tudo que toca os campos da ciência e da saúde.

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