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História dos Concílios Ecumênicos, por Rafael de Mesquita Diehl.

Nesta obra, somos conduzidos pelos labirintos da formação da Igreja Católica por meio dos concílios ecumênicos, encontros que moldaram a estrutura, as doutrinas e a liturgia da instituição religiosa mais influente da história ocidental. A leitura revela uma trajetória marcada por disputas teológicas, jogos de poder e uma constante tensão entre fé e política. É uma história complexa, repleta de reviravoltas, que escancara o quanto a cristandade é, desde sua origem, fragmentada e contraditória.

Capa do livro ‘História dos Concílios Ecumênicos’, de Rafael de Mesquita Diehl, com design abstrato em tons de roxo e verde e título centralizado.

Longe de qualquer ideia de harmonia espiritual, os concílios descritos por Diehl aparecem como arenas de embate entre homens influentes, que definiam dogmas e cânones muitas vezes com base em interesses pessoais, conveniências locais e disputas de autoridade. O que se percebe, com certa tristeza, é a ausência quase total da dimensão espiritual, da Trindade que deveria orientar os rumos da fé: o Espírito Santo, Deus e Jesus. O que se destaca, ao contrário, é o aspecto humano, secular, político e institucional da religião.

Os concílios, apresentados como eventos pomposos, solenes e luxuosos, reuniam centenas de figuras da mais alta hierarquia eclesiástica. No entanto, a figura que deveria ser central em tais encontros, Deus, é raramente sentida nas entrelinhas. Tudo parece girar em torno da vaidade e da manutenção de poder, mais do que de uma busca sincera pela verdade ou pelo espírito cristão.

História dos Concílios Ecumênicos é um livro importante para quem deseja compreender como a Igreja chegou à forma que conhecemos hoje. Mas também é uma leitura que, inevitavelmente, expõe as fragilidades e as contradições dessa mesma instituição, que parece nunca ter deixado de ser um corpo dividido, sem consenso e sem unidade doutrinária real entre seus seguidores.

Vale registrar que esta é a interpretação que fiz da obra, uma leitura crítica que certamente se afasta da intenção declarada do autor. Diehl afirma desejar, logo na introdução, que seu livro fortaleça a fé do leitor e aprofunde seu conhecimento religioso. No meu caso, o efeito foi outro: diante de tamanha complexidade, disputas de poder e episódios de hipocrisia, o que resta é mais dúvida do que convicção, mais desconforto do que edificação.

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Se você chegou até aqui, muito obrigado pela companhia. Meu nome é Pedro Sucupira, sou professor, pesquisador em formação e um curioso incansável. Amo estudar, ler e, recentemente, descobri o prazer inescapável da escrita. Sou um explorador apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e por tudo que toca os campos da ciência e da saúde.

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