DOENÇA INFECTO-PARASITÁRIA
- Pedro Sucupira
- 16 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de mar.

MaTaR, mAtAr e matar.
Matar mais.
Matar muito mais.
Não canso de matar.
Não cansar de matar.
Como um parasita – eu sou um parasita – eu mato, de dentro para fora,
Ou de fora para dentro?!,
Depende da perspectiva.
A sina de um parasita
Invadir, colonizar, ludibriar as defesas,
Enganar os nativos.
Uma vez instalado,
Tão bem infiltrado,
Miscigenado,
Que não sabem diferenciar de quem é quem,
Eu forço-os a trabalhar.
Sintetizam minhas estruturas,
Sintetizam minhas não-estruturas,
Sintetizam minhas armas,
E assim: spread like a virus

Tudo começa na membrana fosfolipídica.
No litoral.
Como caravelas eu me ancoro
E injeto minhas ideias,
Minha maldade.
A destruição é certa.
MaTaR, mAtAr e matar.

Não quero manter nada;
Apenas explorar ao máximo.
Depois que milhões dos meus estiveram alimentados,
Descarto tudo o que sobrou.
Fugir para o exterior,
Mas antes é preciso destruir tudo;
Não há corpos apoptóticos,
Apenas destruição total;
Puro caos;
Inflamação exacerbada;
Caminhos destruídos;
Vasculite intensa.
Sangue e mercadorias não mais circulam.
Que os nativos se fodam,
Meu objetivo é
MaTaR, mAtAr e matar.
Sem os caminhos,
Os alimentos nunca chegarão.
Os nativos morrem
De fome,
De sede,
De desnutrição – eu já comi tudo.
Vasos inflamados
E estradas interditadas
(Proletariado lotando ônibus)
(Ruas e estradas)
(Os centros)
(Indústrias e hospiUTaIs)
(Burguesia dentro de casa)
(Nobreza em pastos verdejantes)
(Clero vendendo o céu – O Senhor é pastor de quem?)
(Como século XVIII)
(Revolução das indústrias vaporosas)
Não levam sangue para o cérebro.
E o cérebro?
O cabeça;
O cacique;
Chefe;
Ser pensante;
Articulador;
Estrategista.
Destruído,
Morto
Por um parasita.
Trocou a vida pela vontade de sair,
Pela isquemia,
Pela vaidade,
Pelo hedonismo,
Pelo egoísmo.
A história conta que foi por conta dos espelhos.
Nativos obtusos narcisistas
Não obedecem a lei
Lei da selva
Lei da seleção
Natural
Artificial
Vacinal
Fáceis de enganar?!
Ou fáceis de dominar?
Povo bonzinho.
Da paz.
Eu sou da guerra. MaTaR, mAtAr e matar.
Por isso que morrem.
São escravizados.
Dominados.
Conquistados.

Lise celular para os meus poderem se libertar.
O caos espalhar.
Infectar.
Infectar mais.
Infectar mais uma.
Infectar mais duas.
Infectar mais três.
Infectar milhões.
Independente da troca
Eu mataria.
Matar mais.
Matar muito mais.
Não canso de matar.
Não cansar de matar.

Uns passam por simbiontes
Oferecem uma troca
Até que os recursos se tornem escassos
Lobos em pelo de cordeiro ou cavalos de Tróia?
Uma vez lá dentro é tiro, porrada e bomba
Gritaria
Desespero
Medo
Falta de ar
Assintomáticos correndo em círculos
Sintomáticos morrendo deitados

Já chego
Ancoro
Abro caminho
Entrei
Driblei
Ribo se transforma em Desoxi
Acoplei
Dominei
Tudo meu

Matei mais uma
E mais uma
E mais duas
E mais três
Matei milhões
Matei milhares
Sobraram tão poucos que hoje é preciso demarcar
Proteger
FUNAI pra quê?
Tudo vai morrer
Porque eu vou matar



E agora, José?
E agora, Marias?
Joanas?
Antônios?
Carlos?
Clarices?
Lygias?
Caetanos?
Pedros?
E agora, Sergio?
Lilians?
Caiques?
E agora, Ananyr?
Júlias?
E agora, Larissa?
Fernandas?
Silvios?
Felipes?
E agora, Vera?
E agora, Lucas?
A morte chegou?!
Acabou?!
A internet parou.
Que raiva.
O que seria de nós, parasitas colonizadores, se não fossem as mentiras.
“Uma gripezinha” 11 mortos
Domina uma nação.
Domina o mundo.
“Brasileiro pula em esgoto e não acontece nada” 77 mortos
“Eu não sou coveiro” 2.584 mortos
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Para quem chegou até aqui, eu me chamo Pedro Sucupira e sou um professor pesquisador em formação e curioso de um tanto que você não faz ideia. Amo estudar, não é à toa que não aguentei somente fazer o doutorado e já ingressei no curso de filosofia. Sou um descobridor, apaixonado por literatura, comportamento humano, sociedade e tudo o que envolve ciência e saúde.
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E caso queria conversar comigo, compartilhar ideias, experiências e críticas, basta me chamar no pdrohfs@gmail.com.
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